Achei interessante a linha do tempo que a Revista Aventuras na História trouxe este mês e quis compartilhar com vocês. Saiba mais também aqui.
Boa leitura!
Prof. Paulino
Linha do Tempo
O último dia da construção que dividiu Berlim por 28 anos
por Maria Dolores Duarte
5h10 - Demissão coletiva
Os jornais berlinenses circulam pela cidade dividida. As principais notícias se referem à demissão coletiva de membros da cúpula do poder comunista, entre eles o primeiro-ministro Willi Stoph, no dia 7 de novembro. Em 18 de outubro, o chefe de Estado da Alemanha Oriental e ícone de resistência à abertura política, Erich Honecker, já havia renunciado.
8h - Tensão pela manhã
A Alemanha comunista amanhece tensa, na expectativa do reflexo das demissões e da pressão da população. Cerca de 60 mil pessoas já haviam fugido para países do Ocidente, sobretudo para a Alemanha Ocidental, pela Hungria, desde a abertura das fronteiras do país vizinho, em setembro.
17h30 - Dia em branco
Apesar da pressão da população e da imprensa internacional, o governo permanece impassível e não há sinais de que algo vá acontecer. Não há sequer um pronunciamento durante todoo dia, como se nada estivesse ocorrendo. Para os alemães, parece que o dia vai terminar sem nenhuma novidade.
19h - Passe livre
Em uma entrevista coletiva, transmitida ao vivo pela emissora de TV alemã-oriental, o porta-voz do partido comunista, Gunther Schabowski, surpreende a todos e anuncia uma lei que permite aos cidadãos viajar para a Alemanha Ocidental livremente. A lei começava a vigorar, segundo ele, imediatamente.
19h05 - Governo em xeque
A declaração de Schabowski coloca o governo num beco sem saída e antecipa os planos de abrir as fronteiras. Na verdade, Schabowski havia acabadode chegar de viagem e recebeu a missão de anunciar a lei poucos minutos antes da coletiva. Não estava seguro sobre os detalhes práticos e, pressionado, falou de improviso.
19h10 - Marcha ao muro
A notícia da abertura da fronteira se espalha rapidamente e a cidade entra em euforia. Depois de 28 anos sem poder passar para o lado ocidental, as pessoas saem de suas casas para ver de perto a abertura dos portões. Cerca de 1 milhão de cidadãos se reúnem no lado oriental da fronteira.
20h - Ruas tomadas
As ruas estão tomadas, sobretudo o centro de Berlim, com 500 mil pessoas diante do muro. De todo lado chega mais gente, a pé ou a bordo dos Trabants e Watburgs – carros de produção local, únicos que os alemães-orientais podiam adquirir –, de Berlim ou de outras cidades, como Leipzig. O governo ainda não sabe o que fazer.
22h15 - Portas abertas
Diante da multidão querendo passar, os policiais abrem os portões. Além dos policiais, havia 20 fiscais em cada posto. O portão de Bornholmer Strasse, no subúrbio, abre primeiro. Depois, o de Brandemburgo, no centro da cidade.
23h - O muro é nosso
O muro está tomado. Alemães-ocidentais e orientais festejam. As pessoas sobem e dançam em cima do muro. Começam a se formar filas de carros para atravessar a fronteira, que chegam a mais de 100 quilômetros. A passagem só é permitida na manhã do dia seguinte, quando mais de 2 milhões de cidadãos do Oriente passam pela fronteira.
23h45 - Picaretada
Alemães tentam destruir o muro com picaretas e outras ferramentas. O gesto é apenas simbólico. Em 13 de junho de 1990, o governo manda 300 soldados, que levam seis meses para derrubar o muro. Em 3 de outubro, o chanceler Helmut Kohl decreta a reunificação da Alemanha.
Fonte: site da Revista Aventuras na História
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Paulino Abranches.