segunda-feira

Berlim: a queda do muro

Amigos, o Muro de Berlim, também conhecido como Muro da Vergonha, simbolizou a Guerra Fria e trouxe sofrimento a milhares de famílias alemãs, que da noite para o dia se viram isoladas em lados opostos da capital alemã: cidadãos "comunistas e capitalistas" não conviviam, até o dia 9 de novembro de 1989.
Achei interessante a linha do tempo que a Revista Aventuras na História trouxe este mês e quis compartilhar com vocês. Saiba mais também aqui.
Boa leitura!
Prof. Paulino



Linha do Tempo
O último dia da construção que dividiu Berlim por 28 anos

Erguido em agosto de 1961, o muro de Berlim, que dividia a cidade em duas, foi o maior símbolo da Guerra Fria, que separou o mundo em dois blocos: os aliados dos Estados Unidos e os sob influência da União Soviética. Com a decadência desta última na década de 80, o muro caiu, em 9 de novembro de 1989. Era o fim da Guerra Fria
por Maria Dolores Duarte




5h10 - Demissão coletiva



Os jornais berlinenses circulam pela cidade dividida. As principais notícias se referem à demissão coletiva de membros da cúpula do poder comunista, entre eles o primeiro-ministro Willi Stoph, no dia 7 de novembro. Em 18 de outubro, o chefe de Estado da Alemanha Oriental e ícone de resistência à abertura política, Erich Honecker, já havia renunciado.



8h - Tensão pela manhã



A Alemanha comunista amanhece tensa, na expectativa do reflexo das demissões e da pressão da população. Cerca de 60 mil pessoas já haviam fugido para países do Ocidente, sobretudo para a Alemanha Ocidental, pela Hungria, desde a abertura das fronteiras do país vizinho, em setembro.



17h30 - Dia em branco



Apesar da pressão da população e da imprensa internacional, o governo permanece impassível e não há sinais de que algo vá acontecer. Não há sequer um pronunciamento durante todoo dia, como se nada estivesse ocorrendo. Para os alemães, parece que o dia vai terminar sem nenhuma novidade.



19h - Passe livre



Em uma entrevista coletiva, transmitida ao vivo pela emissora de TV alemã-oriental, o porta-voz do partido comunista, Gunther Schabowski, surpreende a todos e anuncia uma lei que permite aos cidadãos viajar para a Alemanha Ocidental livremente. A lei começava a vigorar, segundo ele, imediatamente.



19h05 - Governo em xeque



A declaração de Schabowski coloca o governo num beco sem saída e antecipa os planos de abrir as fronteiras. Na verdade, Schabowski havia acabadode chegar de viagem e recebeu a missão de anunciar a lei poucos minutos antes da coletiva. Não estava seguro sobre os detalhes práticos e, pressionado, falou de improviso.



19h10 - Marcha ao muro



A notícia da abertura da fronteira se espalha rapidamente e a cidade entra em euforia. Depois de 28 anos sem poder passar para o lado ocidental, as pessoas saem de suas casas para ver de perto a abertura dos portões. Cerca de 1 milhão de cidadãos se reúnem no lado oriental da fronteira.



20h - Ruas tomadas



As ruas estão tomadas, sobretudo o centro de Berlim, com 500 mil pessoas diante do muro. De todo lado chega mais gente, a pé ou a bordo dos Trabants e Watburgs – carros de produção local, únicos que os alemães-orientais podiam adquirir –, de Berlim ou de outras cidades, como Leipzig. O governo ainda não sabe o que fazer.



22h15 - Portas abertas



Diante da multidão querendo passar, os policiais abrem os portões. Além dos policiais, havia 20 fiscais em cada posto. O portão de Bornholmer Strasse, no subúrbio, abre primeiro. Depois, o de Brandemburgo, no centro da cidade.



23h - O muro é nosso



O muro está tomado. Alemães-ocidentais e orientais festejam. As pessoas sobem e dançam em cima do muro. Começam a se formar filas de carros para atravessar a fronteira, que chegam a mais de 100 quilômetros. A passagem só é permitida na manhã do dia seguinte, quando mais de 2 milhões de cidadãos do Oriente passam pela fronteira.



23h45 - Picaretada



Alemães tentam destruir o muro com picaretas e outras ferramentas. O gesto é apenas simbólico. Em 13 de junho de 1990, o governo manda 300 soldados, que levam seis meses para derrubar o muro. Em 3 de outubro, o chanceler Helmut Kohl decreta a reunificação da Alemanha.


Fonte: site da Revista Aventuras na História

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Paulino Abranches.