domingo

ENFIM, ESTAMOS EM 2012. ELEIÇÕES MUNICIPAIS PROMETEM UM ANO CHEIO DE EMOÇÕES

O meu país começa na minha cidade. Só conseguimos identificar uma mudança no país quando isto é retratado no nosso município. Desta forma, nada acontece isoladamente, somos parte de um país que cresce e que hoje é a sexta economia mundial. Passamos o Reino Unido no tocante ao PIB. Mas, quando que isto se torna concreto na cidade onde moramos? Em que este quadro vai modificar a vida de cada um de nós na Itajubá que amamos? São perguntas que merecem respostas convincentes.

Não sou especialista em economia. Mas tenho uma capacidade de entendimento que me leva a conclusões sólidas e verdadeiras. Hoje temos uma Itajubá que ainda falta muito pra dizermos que somos integrantes da sexta economia do planeta. O que temos no nosso dia a dia, não nos fornece condições para estufarmos o peito e dizermos: “eu sou um dos que mais cresce no Planeta”. Seria piada, pra não dizer “mico” se olharmos a nossa rotina. Setores básicos não possuem infraestrutura capaz de convencer ninguém que somos parte do Brasil que cresce. Na saúde, cultura, esporte, meio ambiente, urbanismo, limpeza pública , transporte coletivo, serviço público e outras coisas que acontecem em nossa cidade estão distantes de um país que se torna a sexta economia do planeta.

Em pleno século XXI ainda existem cidadãos que não conseguem uma consulta com um psiquiatra ou neurologista, nem tão pouco um exame do tipo endoscopia em um prazo considerado normal pela medicina pública. Não se consegue tais procedimentos em um prazo de 15 dias. Os remédios prescritos por um médico do SUS podem não existir na farmácia do município. Em plenas férias escolares, não existe opção por parte dos estudantes em buscar uma ação cultural na cidade. Campeonatos esportivos, nem pensar. Férias é pra não fazer nada, pois nada existe para a juventude nos momentos de lazer. Somos, ou pelo menos deveríamos ser um berço da natureza. Mas o que vemos em nossa volta, são verdes que crescem sem nenhum ação planejada. Nossa cidade não tem um plano de arborização. A lógica são palmeiras imperiais espalhadas por vários pontos que não representam a região ecologicamente ajustada em uma necessidade. A área central da cidade, ou mesmo espaços urbanos de alta concentração de pessoas, representam muito mais um país sem desenvolvimento do que a sexta economia do planeta. E o transporte coletivo? É algo tão subdesenvolvido que chega a ser um transtorno para quem usa. Ninguém é satisfeito no ato de ir e vir junto a tais ônibus. Quando em uma via pública um simples buraco aparece, são vários dias para que o problema seja resolvido, sem dizer quando uma prestadora de serviço, do tipo COPASA, desenvolve uma ação em uma via pública, são necessários vários dias para a solução do problema causado por ela mesma.

Neste quadro, fica a pergunta: “Em que somos a sexta economia do planeta?” A Itajubá que temos não é a Itajubá que queremos, nem tão pouco a cidade que representa o país que cresce. Falta planejamento para atingirmos o plano ideal neste Brasil que nos orgulha.

VEREADOR PAULINO ABRANCHES