domingo


22 DE MARÇO: DIA INTERNACIONAL DA ÁGUA

 A cada ano os órgãos ambientais alertam para  uma das questões consideradas mais graves do tempo de hoje: A Questão da Água.
Dados são apresentados  e relatam o desequilíbrio  existente no mundo em relação as disputas pelo controle da água. O consumo é muito superior a disponibilidade existente. O mundo  contemporâneo se ajusta   em uma modernidade desastrosa para o  meio ambiente. A água tornou-se o bem natural mais utilizado  de forma  desordenada.  
O Brasil detém 12% de toda água doce do mundo, porém, em nosso país esta questão esta longe de ser considerada resolvida. Regiões brasileiras  passam por secas que colocam  populações  em total vulnerabilidade. Sempre  constatamos o interior nordestino como sendo a mais castigada. Porém, este quadro há muito esta  se espalhando por outras regiões até então privilegiadas.
Em nossa Itajubá tínhamos  dezenas de minas d’água. Elas não existem mais.  Foram soterradas pela urbanização. Pagamos um preço absurdamente caro pelo consumo. Existe uma estatal “COPASA”, controlada pelo governo do Estado de Minas  que deixa a população em desespero por conta do preço final cobrado nos boletos mensais.  A água que deveria ser uma riqueza natural ,em Minas Gerais,  representa  o  desespero econômico para a população mineira.
O Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon alertou que até 2030 quase metade  da população  global terá problema de abastecimento. Segundo ele, isso vai acontecer porque,  daqui a 17 anos,a demanda por água vai superar a oferta em mais de 40%. Com  este quadro, juntamente  com as mudanças climáticas (secas mais prolongadas, enchentes mais intensas e intempéries mais rotineiras) e as necessidades  das populações que crescem e prosperam, os governos  terão de trabalhar juntos para proteger essa fonte natural.
A água deve ser entendida como um elo de ligação de diferentes  setores da economia, da energia, da agricultura, da saúde  e do transporte. A sociedade precisa assumir uma responsabilidade sustentável  com um bem primordial para nossa sobrevivência.Itajubá precisa se ajustar a esta questão.

Paulino Abranches