A conjuntura mundial traz a cada dia um quadro de grandes contrastes. O desenvolvimento que todos querem, não garante um crescimento justo e capaz de produzir qualidade de vida para todos. Ainda encontramos populações que vivem em situações de miserabilidade. Porém, o que temos é o desejo de todos(as) de viver em uma cidade em pleno desenvolvimento. Nesta lógica, fica a pergunta: Qual desenvolvimento vai garantir uma justiça social com igualdade de oportunidades?
Uma cidade como Itajubá que possui uma concentração de Doutores, Mestres, Pós graduados, Graduados e profissionais técnicos qualificados não poderia jamais carregar em sua estrutura situações que representam desajuste social. Neste paradigma, a sustentabilidade como política pública é o único caminho para solucionar problemas básicos e uma sociedade em desenvolvimento. Ter o título de Cidade Universitária mas presenciar uma fila de espera para conseguir uma simples consulta médica ou adquirir remédios é um antagonismo assustador. Asfaltar toda a cidade não é garantia de trânsito responsável. Ter um aterro sanitário não significa que a coleta seletiva é uma prática comum da população. Praças com academia ao ar livre não assegura saúde em equilíbrio, nem tão pouco produz jovens antenados no esporte. Palmeiras Imperiais espalhadas pela cidade não produz um aconchego de sombras para a população que caminha. Construção de prédios escolares não é o fato primordial para qualificar uma educação básica. Convênios com Entidades Sociais na área de assistência social, saúde e educação não solucionam problemas crônicos como a existência de moradores de rua, menores abandonados ou envolvidos com o crime. Oferecer benefícios a empresários para que os mesmos instalem fábricas em Itajubá não soluciona problemas graves, pois muitas empresas chegam sem a lógica da sustentabilidade. São tantas situações adversas que quando identificamos o crescimento da cidade sem qualidade de vida presenciamos o cidadão(ã) criticar a cidade por questões estruturais e básicas.
Neste quadro, devemos buscar ações que assegurem um equilíbrio nas relações entre o Estado, a sociedade e a organização política e cultural da cidade no processo de construção e de fortalecimento da democracia e da cidadania. Buscar a sustentabilidade social é garantir o conhecimento dentro do mundo cidadão. Uma cidade sustentável só existirá quando sua população atingir um padrão de solidariedade social. Mas, para isto acontecer é necessário um esforço político das autoridades para implantar políticas públicas a favor da cidadania e não de estruturas arcaicas de uma sociedade que já se foi. O que fica como resposta a este quadro é o nível das autoridades quanto ao entendimento da expressão máxima: POLÍTICA PÚBLICA.
VEREADOR PAULINO ABRANCHES
