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A HORA DO PLANETA

A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante sessenta minutos.

No Brasil, o movimento será neste sábado, 31 de março, das 20H30 às 21H30.

Em Itajubá, é lei e esta no calendário do município esta atividade. Assim, o que falta é a lógica da conscientização para que o ato não seja um simples momento definido por lei.

A sociedade precisa de forma urgente abraçar a causa da luta pelo equilíbrio ambiental. O que temos presenciado pelo Brasil afora é a não consciência da preservação. O mundo precisa passar por uma Revolução para garantirmos a sobrevivência do Planeta. Isto não é um discurso fundamentalista em defesa do meio ambiente. Na rotina da população presenciamos atos e situações que desbancam qualquer proposta de preservação ambiental.

Em nossa cidade, o que encontramos são situações muito distantes do equilíbrio ambiental. O poder público não coloca como prioridade ações que sustentem a caminhada no campo do meio ambiente. Nos últimos dias presenciamos o plantio de dezenas de Palmeiras Imperiais em locais impróprios para as mesmas. O plantio de árvores não garante a consciência que tanto o mundo precisa. Foi tão descabido o referido plantio que demonstra como a consciência do equilíbrio ambiental ainda esta distante dos poderes constituídos. Ela não é uma planta nativa e nem tão pouco para lugares de concentração de pessoas e carros. Ela representa risco de acidentes. E por este motivo a própria população será a primeira a criticar quando algum acidente provocado pela queda de folhas das tais palmeiras atingir pessoas ou carros. O peso das folhas representa risco, sem dizer que em momentos de ventania, o que é comum em nossa cidade, o risco torna-se ainda maior. Seria difícil entender esta situação? O poder público, na luta pela conscientização da preservação de áreas verdes precisa ganhar a parceria da população e não permitir que a mesma se coloque contrária a presença de árvores no espaço urbano. Palmeiras Imperiais são importantes em espaços amplos com visibilidade e segurança para o habitat. Preservar o meio ambiente não significa impor um padrão não existente no ecossistema do município. Em um primeiro momento tudo parece verde, mas após alguns anos o verde torna-se um problema para a população distanciando a mesma como defensora de áreas verdes. Em espaço urbano preservar significa garantir vida a todos e todas e não mostrar poder a partir de Palmeiras Imperiais.

O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre a questão ambiental e os desafios impostos pelo aquecimento global. É hora de participarmos de tão importante momento.

Vereador Paulino Abranches