terça-feira


“Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás”! 

“Chavez vive, la lucha sigue”.
“A multidão vermelha de Caracas faz história”.
O mundo neoliberal não se conteve, sorriu.  Uma   alegria estampada  noticiou   a morte do líder  que estremeceu o mercado ianque. Com palavras e atos   que  o mundo das elites  burguesas  jamais aceitaram  Hugo Chaves fez história nesta América Latina.  Desde  de 1998 ele foi a liderança  que chamou o mundo latino americano para uma revolução  que ainda encontra-se em formação. Mas, uma coisa foi real, o povo venezuelano acompanhou  com aplausos seu governo. Óbvio que as elites tradicionais que sempre usaram  o país   em  benefício próprio  se  colocaram  na oposição auxiliados pela imprensa capitalista.
A Revolução Bolivariana, como  foi batizada por Hugo Chaves, se tornou um marco na construção  da igualdade e justiça social que tanto sonhamos. É inegável  as mudanças  nos indicadores sociais durante o governo Chaves. O índice de pobreza extrema caiu de 20% para 8,5%  e o de pessoas na pobreza diminui de 30% para 23%. O número de alunos matriculados no ensino médio aumentou  mais de 50% e o analfabetismo praticamente  terminou.
A chegada de Chaves  à presidência  da Venezuela em 1999, inaugurou um período de governos progressistas eleitos na América Latina (Brasil: Lula  e Dilma;  Bolívia: Evo  Morales; Equador: Rafael Correa; Honduras: Manoel Zelaya; Argentina: Cristina Kirchner; Chile: Michele Bachelet;  Paraguai: Fernando Lupo; Uruguai: José Mujica; Nicarágua: Daniel Ortega). Estes governos progressistas  iniciaram  uma prática governamental de maior autonomia internacional, principalmente em relação aos Estados Unidos  e um compromisso muito maior  entre os governos e suas populações. No caso da Venezuela, Hugo Chaves deixa um povo mais inserido  no mundo  do trabalho, numa vida mais digna, num país  onde a concentração de renda  diminuiu  nos  14 anos  de Revolução Bolivariana.
O que vimos nestes últimos dias foram posições típicas do PiG ( Partido da imprensa Golpista) alardear  o caos e prever o fim de uma era  que para os mesmos nada foi interessante. Alguém ainda acredita  nas declarações de uma Globo que sempre se posicionou a favor  de um liberalismo ianque? Quantas vezes a América Latina viveu turbulências políticas? Porém,  a vitória sempre ficou com os ianques. Quantas ditaduras financiadas pelos Estados Unidos da América aconteceram no século XX? O maior exemplo foi a ditadura militar no Brasil. Desta vez, o que ficou  foi um povo que vermelhou Caracas  com gritos de ordem anunciando que a Revolução Bolivariana persiste a morte de um líder. Nas palavras  de Elaine Tavares: “Aos inimigos que celebram sua morte fica o recado da história. O que morre é o homem. O caminho semeado de ideias e sonhos haverá de florescer, porque, afinal, os semeadores somos todos nós”.
Paulino Abranches