segunda-feira

CABEÇA ERGUIDA PARA CONTINUAR A LUTA

Aécio e Anastasia/PSDB


Da esquerda para a direita:Danilo de Castro/Secretário de Governo;Anastasia/Governador de Minas-PSDB;Ana Lúcia Gazzola/Secretária de Educação e Renata Vilhena/Secretaria de Planejamento e Gestão

Foi um dia que jamais esqueceremos: “23/11/2011”, triste e revoltante para a educação pública mineira. Com as galerias da Assembléia Legislativa de Minas Gerais lotadas de trabalhadores da educação da rede estadual de ensino, apoiados pelos deputados do grupo “Minas Sem Censura” ( PT, PC do B, PMDB e PRB),e o que se viu foi um ato de total desrespeito à educação e aos trabalhadores que lutaram durante 112 dias, na maior greve do magistério mineiro, para o cumprimento da Lei 11.738 ( Lei do Piso). Deputados da base governista (demotucanos e anastasistas) aprovaram em caráter de urgência o projeto que torna única a remuneração por subsídio para os trabalhadores da educação básica da rede estadual. A votação terminou com a aprovação em turno único por 51 votos( a favor do governo) e 20 contrários.

O referido projeto vai contra a lógica que se estabelece no Brasil atual: “valorização dos professores(as). O Brasil de hoje possui um déficit de 220 mil professores(as). E com este salário aprovado não existira incentivo para trazermos jovens para a profissão do magistério mineiro. Sem dizer que tal votação descumpriu o acordo feito entre Sind UTE, governo e parlamentares(Comissão Tripartite) firmado como acordo final de greve. Estava acordado que a Comissão faria um projeto de consenso da adoção do Piso na carreira, mas foi votado, afinal, um projeto apenas do governo e em bases contrárias. Certamente a batalha não esta perdida. Temos coragem e garra para continuarmos na luta pelo Piso Nacional. Foram tantos anos de luta e não podemos permitir que tudo seja jogado no lixo construído pelos demotucanos e anastasistas.

Esta nova situação retira a possibilidade de permanência dos servidores da educação no regime de vencimento básico e padroniza o subsídio para todas as carreiras da educação, o que desestimula a carreira dos professores, o aperfeiçoamento acadêmico dos profissionais e a atração de novos talentos para o magistério. Além disso, o projeto desrespeita direitos adquiridos dos trabalhadores por tempo de carreira, anulando a história e os esforços de muitos profissionais. Há também uma consequência de curto prazo: os 180 mil que não optaram pelo subsídio e previam o reajuste de 16% sobre o vencimento de dezembro de 2010, face à variação do custo aluno, terão apenas 5% a partir de abril de 2012. O projeto prevê um reposicionamento deles na carreira, a ser aplicado de 2012 até 2015, mas ainda a ser regulamentado.

O pior de tudo foi ver 51 deputados(as) que continuam falando que apóiam a educação pública de Minas. Precisamos espalhar os nomes de tais deputados(as) para que jamais possam chegar na Assembléia Legislativa de Minas. Na nossa região (sul de Minas) esta presente neste grupo de 51 deputados Dalmo Ribeiro (PSDB). É hora de desmascararmos este que só pode ser considerado traidor dos professores.·

Deputado Ulysses Gomes esteve todo tempo do lado dos professores, votando contra o projeto de Anastasia e garantindo uma luta pelo Piso Nacional da Educação.

VEREADOR PAULINO ABRANCHES