ERA VIRTUAL
Em tempos
De outrora
As relações amorosas
Se
firmavam
Em olhares
Nas esquinas
Nas praças
Em momentos de luz
De mística
E de graça.
Na evolução,
A relação mudou,
Diferenciou,
Passou,
Fugiu
Na velocidade do som
E do
céu de anil.
Nem mesmo a criança
Que em permanente esperança
Não quis brincar
Por que a geração IPHONE
Não escutou o vizinho chamar.
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Preferiu navegar
E buscar
Um amigo no GOOGLE
A partir de um SITE
Descoberto no TWITTER
Do irmão adolescente
Que ficou doente
Quando de forma ANDROID
Se viu no YOUTUBE
Sozinho dançando maxixe.
O adulto que quis namorar
Procurou o BOOK
E navegou no FACE.
Não queria ficar,
Preferiu amanhecer
E se declarar
Em uma relação virtual
Teclando olhares.
Nesta modernidade
Compartilhar, curtir
Não é abraçar,
Flertar
Nem tão pouco amar.
Paulino Abranches
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quarta-feira
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