sexta-feira

Dunga e a seleção da vida

Amigos/as,


Nesta semana, a convocação do Dunga foi muito comentada. Pensando nisso, nosso companheiro Ulysses Gomes escreveu sobre algumas características do comportamento humano. Achei muito pertinente e gostaria de dividir essa reflexão com vocês.
Um abraço e um bom fim de semana a todos os acompanhadores do blog!
Ver. Paulino Abranches.

Dunga e a seleção da vida

* Ulysses Gomes



Deu o que falar a convocação da seleção feita ontem pelo técnico Dunga. A meu ver, as escolhas não agradaram a maioria: "Chamou esse, que não joga um terço daquele outro, que ficou de fora..." Mas a principal justificativa do técnico para suas decisões nos faz pensar em 2006, quando uma seleção de estrelas parecia fazer algo corriqueiro nos gramados e decepcionou a nação. Dunga disse ontem aos jornalistas: "Algumas coisas que pautamos foram o comprometimento, a atitude, paixão, a emoção de jogar na seleção." Lembramos 2006 e calamos. Talvez ele esteja com a razão.

Quem não busca trabalhar e conviver com pessoas motivadas? Começar um projeto novo com quem tem brilho nos olhos, enfrentar desafios ao lado de quem demonstra comprometimento e garra faz toda a diferença!

Vejo que a palavra motivação exerce um grande efeito sobre as pessoas. É muito citada atualmente no mundo do trabalho. E alguns agem até como se pudéssemos fabricá-la e comercializá-la em cursos e palestras. Mas a motivação age como uma força interior, uma intenção que leva a pessoa a fazer ou agir desta ou daquela maneira. Uma faísca, uma centelha que determina se eu fico sentado no sofá ou vou dar uma corrida. Se vou aperfeiçoar aquele trabalho ou se deixo como está para ver como é que fica.

Entendo que o que motiva uma pessoa pode não motivar outra: situações, diálogos, metas colocadas vão funcionar de maneira extremamente personalizada. Instigante para um, um balde de água fria para outro... A grande questão é o próprio sujeito descobrir o que o motiva e procurar situações que propiciem esta vivência. Circunstâncias motivadoras diferentes vão fazer a vida ter um sabor variado e propiciar mais prazer na superação de desafios.

Outra palavra em que a declaração de Dunga me fez pensar é na proatividade, esta menos conhecida, mas não menos importante. O significado de proatividade, segundo o dicionário, é a capacidade de se antecipar a situações, necessidades e problemas futuros. Isso significa, para começar, que a pessoa proativa tem senso de prontidão. Não espera a casa cair para ir procurar estacas.

Mas o psicólogo judeu que teve experiências marcantes num campo de concentração, Viktor Frankl, foi quem cunhou a expressão e a exemplifica no seu livro Em Busca de Sentido, de 1946: "Nós que vivemos em campos de concentração podemos nos lembrar que os homens que percorriam as barracas para confortar os outros, abriam mão de seu último pedaço de pão. Eles podem ter sido poucos em número, mas sustentaram prova suficiente de que tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa: a última de suas liberdades. O poder de escolher sua atitude em um determinado arranjo circunstancial — a escolha de seu próprio caminho". Ou seja, a liberdade de escolher como agir, testada até em situações de privação máxima, como o campo de concentração, realça a dignidade do ser humano. Dignidade que se mostra em fazer escolhas coerentes com os valores que se tem. Tomar ciência deste poder e não projetar sobre outras pessoas a responsabilidade pelas suas escolhas e, em suma, pela própria felicidade. Isto diferencia um sujeito com brilho nos olhos de outro que apenas passa pela própria vida, como um figurante de um espetáculo do qual nem conhece o roteiro.

Copa do Mundo mexe com o brasileiro. E esta começou bem. O que Dunga está querendo não é pouca coisa. Ele quer gente feliz no campo. Se vamos conseguir trazer a taça, não dependerá apenas disso. Mas se, pessoalmente, conseguirmos colocar um pouco mais de motivação e proatividade em nossas vidas, a vitória começa a caminhar conosco, a cada dia.
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Ulysses Gomes, ex-vereador em Itajubá, graduado e pós-graduando em Administração Pública.


quarta-feira

Negociações abertas


A greve dos profissionais de educação por tempo indeterminado deflagrada em Minas Gerais, no dia 08 de abril, configura-se no maior movimento dos últimos anos em nosso Estado. Enfrentamos até aqui ameaças, tentativas de demissão, arbitrariedades, repressão e agressão física. Respondemos com organização, mobilização, manifestações e com a continuidade da greve.Temos um claro objetivo: a implementação do piso salarial profissional de R$1.312,85 para jornada de 24 horas e nível médio de escolaridade.

Ontem, em assembleia em BH, mais de 8 mil professores referendaram a continuidade da greve. E na manhã de hoje,12/5, a coordenadora-geral de nosso sindicato, Beatriz Cerqueira, está sendo recebida no Salão Nobre da ALMG pela Secretária de Estado do Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. É o início de uma negociação que, esperamos, traga bons frutos para a categoria.

Vereador e Professor Paulino Abranches.


Vereador e professor Paulino Abranches.

terça-feira

A Luta Continua...

Amigos,

O SindUTE elaborou uma edição especial com a retrospectiva dos principais momentos desta luta, do dia 8 de abril até hoje. Neste momento, em Belo Horizonte, acontece a assembleia da categoria, onde nossos companheiros estão referendando a continuidade do movimento.
A participação e o envolvimento de cada profissional de educação com a causa, que é de toda sociedade mineira, é vital neste momento. Acesse, conheça, repasse:


Vereador Paulino Abranches.

segunda-feira

Juntos para Avançar... Não vamos recuar


A greve por tempo indeterminado deflagrada em Minas Gerais, no dia 08 de abril, configura-se no maior movimento dos últimos anos em nosso Estado. Enfrentamos até aqui ameaças, tentativas de demissão, arbitrariedades, repressão e agressão física. Respondemos com organização, mobilização, manifestações e com a continuidade da greve.Temos um claro objetivo: a implementação do piso salarial profissional de R$1.312,85 para jornada de 24 horas e nível médio de escolaridade.


Enfrentamos uma articulação do Governo do Estado envolvendo mídia paga, inteligência do serviço de segurança pública e decisões políticas do Poder Judiciário. O nosso recuo neste momento significará uma


derrota não apenas da campanha salarial de 2010, mas a nossa derrota enquanto categoria. Perderemos a capacidade de conquistar qualquer mudança de salários além de ficarmos vulneráveis às retaliações da Secretaria Estadual de Educação (SEE). A liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Mandado de Segurança impetrado pelo Sind-UTE/MG) que garantiu aos/as trabalhadores/as em educação o direito de greve sem que haja demissões ou substituições foi uma importante vitória jurídica e política para a continuidade da greve.


No entanto, o Governo de Estado ajuizou ação civil pública pedindo a decretação da ilegalidade da greve. Um Desembargador do Tribunal de Justiça deferiu a tutela antecipada determinando a imediata suspensão da greve, por considerá-la ilegal. O Desembargador não ouviu o Sind-UTE/MG antes de decidir. A decisão proferida é de 04/05/10, véspera da nossa assembleia estadual.


O Sind-UTE/MG cumpriu todos os requisitos determinados pela Lei Federal 7.783/89 que é aplicada ao direito de greve do setor público. No entanto, o Tribunal de Justiça optou por declarar a ilegalidade da nossa greve. O Sind-UTE/MG recorreu da decisão do TJMG e está se organizando para assumir a multa diária de R$10.000,00. Voltar para a escola neste momento não reverterá o que o Governo Estadual está fazendo.


Precisamos manter a nossa mobilização para modificar o atual quadro de ameaças e tentativas de retaliação. Não será a primeira vez que os/ as trabalhadores/as enfrentam decisões judiciais que têm perfil político.




EM DEFESA DO NOSSO PISO SALARIAL, DO NOSSO DIREITO DE GREVE, EM

DEFESA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM MINAS GERAIS, A GREVE POR

TEMPO INDETERMINADO PRECISA SER MANTIDA.



Texto e foto transcritos do Informa Sind UTE - www.sindutemg.org.br