Em meio a leituras da semana, uma destacou em razão da mesma apontar problemas que estão presentes na nossa Itajubá. Na reportagem da Folha.com o colunista José Luiz Portella apresenta o que é o grande problema urbano das cidades. Ele repassa pela estrutura arquitetônica de prédios e moradias contemporâneas e as vias públicas que não oferecem segurança nem tão pouco qualidade a população.
Em nossa realidade, temos uma área central totalmente sem rumo. O crescimento populacional deixou um rastro de completa desorganização urbana. É consenso entre itajubenses que a estrutura na qual chegamos não dá para continuarmos fazendo de conta que não existe problema. O caos, na área central da cidade, chega no seu ápice nas lindas manhãs de sábado. É tão conturbado que a população não consegue entender para onde estamos indo. Os carros tomam conta do espaço que deveria ser priorizado para a população. Pedestres se acotovelam nos passeios totalmente desqualificados. O comércio, com suas propagandas, avança em espaços que pertencem ao povo e como consequência o caos na caminhada. A cidade que cresceu desordenadamente, na base do improviso, vive atrás de encontrar lugar para os carros. Eles mandam na cidade. Alguns motoristas sem nenhuma lógica cidadã partem do princípio que o pedestre o atrapalha. Assim, os carros nos tiram a mobilidade. Somos prisioneiros nas ruas. Em algumas esquinas não existe semáforo para pedestre. Temos que disputar a vida atravessando no susto e na sorte. A vida corre risco. E a área central torna-se um espaço sem ritmo, sem urbanização. Falta humanização no espaço central de Itajubá.
Por que não alargar os passeios da Rua Nova estreitando o espaço para os carros, sem existir estacionamento para os mesmos nesta rua? Por que não ornamentar de verde ou alguma planta que possibilite um ar mais equilibrado para nossa Itajubá? Os passeios deveriam ter um mesmo padrão para evitarmos quedas de nossos itajubenses. Enfim, o que falta na Rua Nova é o que falta na cidade inteira: “planejamento urbano diante do crescimento populacional e econômico de Itajubá”.
O espaço urbano tem que avançar segundo a necessidade da população. Temos mais pessoas do que carros em Itajubá. Não podemos abrir mão da vontade de caminhar na área central e encontrar gente como a gente e não carros que transportam gente que não se sentem a vontade para caminhar na área central de Itajubá.
VEREADOR PAULINO ABRANCHES
