terça-feira

Fim da greve: derrota ou vitória?

Mais uma vez um governo neoliberal mostra sua cara e seu desejo de destruir a organização dos trabalhadores.
Após 47 dias de greve, nós, os trabalhadores da Educação do Estado de Minas Gerais, suspendemos  o movimento e definimos que, no prazo de 20 dias, se não for apresentada uma proposta decente, voltaremos à ativa no movimento. Em razão da ilegalidade decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o governo do Estado  passou a ter um poder de pressão sobre a categoria e por conta disto ficamos vulneráveis na luta. Existiam algumas desistências, mas muitos abraçavam a luta e entravam no movimento. Em linhas gerais, tínhamos 80% da categoria  em greve, mesmo depois do dia 12 de maio, data da decretação da ilegalidade. Continuamos  firmes na luta por um piso salarial decretado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo Presidente Lula.
Porém, em uma armação entre o judiciário e o próprio governo de Minas, a ilegalidade foi acionada. Neste quadro, não dá para passarem despercebidos os interesses do próprio Tribunal quando, de forma desqualificada e sem conhecimento legal, posicionou-se parcialmente a favor do governo. Ficamos sozinhos  na luta, com a certeza  e com a convicção de que a LEI nunca foi para a defesa do povo trabalhador. Ter um piso de R$ 466,00 é algo mais que psicopático. É  massacre , é exploração, é desumano...
Voltar sem nenhuma recomposição salarial é DERROTA. Mas temos uma caminhada pela frente onde poderemos garantir nossa VITÓRIA. Temos que continuar nossa luta no interior das Escolas desenvolvendo uma desobediência civil junto a Superintendência e às determinações governistas. Podemos parar o sistema dentro das Escolas, não aceitando projetos descabidos, nem tampouco as autoridades da Educação do Estado de Minas. Temos  de garantir uma militância constante contra AÉCIO e ANASTASIA, isto porque foram eles que deixaram a educação de Minas tão desqualificada. A nossa VITÓRIA será a partir de nossas aulas,  quando estaremos mais perto da comunidade para desbancar o grupo que faz a gestão da Educação em Minas. Mostramos nossa força neste movimento e não podemos jogar fora esta experiência tão qualificada e com tantos e tantas na luta. São professores, professoras, servidoras  e servidores. Nossas assembleias, sempre com participação significativa, com mais  de 10 mil trabalhadores (as) não pode ser jogada na lata de lixo. Anastasia e Aécio devem pagar um  preço pelo que fizeram. Esta será a nossa VITÓRIA.
Ao voltarmos em bloco, unidos, retratando nossa força, é, por si, só a nossa VITÓRIA.
  
Ver. e Prof. Paulino Abranches.

Clique aqui para ver o que foi acordado entre o Sindute e o governo de Minas Gerais (Conteúdo do Informa nº 13, documento nº 3, de 18/5).

Alertamos aos companheiros que temos uma assembleia amanhã, dia 26, às 17h00, na EE Major João Pereira, em Itajubá. Só depois de recebermos as orientações do comando de greve devemos retornar às salas de aula. 



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Paulino Abranches.