domingo

Precisamos ajudar a Santa Casa de Itajubá


              Ninguém precisa ser convencido da importância da Santa Casa para nossa cidade. Além da história  própria desta instituição, milhares de vidas estiveram e estão ligadas à Santa Casa. A história da Santa Casa se mistura com a história de Itajubá. Desta forma, não dá para fazer de conta que não é conosco o problema financeiro que nos últimos anos vem afetando aquela instituição.
              Como vereador, faço parte da comissão de saúde da Câmara e sou também tesoureiro na atual Mesa Diretora. Por isso, a atual diretoria da Santa Casa me procurou para expor o problema financeiro da instituição, solicitando a possibilidade de auxílio financeiro por parte da Câmara.
              A Câmara está em constante racionamento de gastos e atualmente temos uma sobra de caixa. Apresentei à Mesa Diretora a proposta de antecipação da devolução de R$ 800 mil ao Executivo, que se comprometeu a encaminhar à Câmara uma lei autorizativa, permitindo esta transação para socorrer a Santa Casa.
              Toda discussão  em torno da devolução do numerário para o Executivo e o encaminhamento deste, em parcelas, para a Santa Casa, gerou preocupação em alguns vereadores, diante da  garantia ou também da seriedade dos gestores atuais da Santa Casa.
               Tenho clareza da situação e segurança em afirmar que não podemos deixar, de forma nenhuma, somente o Hospital Escola como única instituição hospitalar para atender a população de nossa cidade. Esta instituição tem feito um trabalho exemplar, mas tem também suas limitações e envolvimento com grupos econômicos privados que desenvolvem as ações de saúde  na lógica  lucrativa. Assim, é muito risco para o município ficar na dependência exclusiva de uma instituição. Em regra geral, são 220 mil usuários, provenientes de Itajubá e de cidades do entorno, que utilizam o sistema de saúde de nossa cidade. Permitir este sistema sem concorrência é privilegiar o que já está privilegiado, principalmente quando analisamos a possível falência da Santa Casa.
               A Fundação Mahle, a Indústria Mahle, o Banco Bradesco, o Banco Itaú, a Caixa Econômica Federal, a Prefeitura de Itajubá, cidadãos e cidadãs itajubenses já contribuíram financeiramente. Defendo que a Câmara Municipal pode dar sua parcela de contribuição, devolvendo antecipadamente uma sobra de caixa do orçamento da 2010 para que seja repassada à Santa Casa de Itajubá.
Vereador Paulino Abranches.

4 comentários:

  1. Anônimo00:24

    ISSO É SABER OLHAR.QUEM PERDE COM A
    FALENCIA DA SANTA CASA É A POPULAÇAO POBRE.QUEM GANHA? VOCE JÁ RESPONDEU . PARABENS!

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  2. Caro Professor Paulino,

    O cerne da questão é o subfinanciamento do SUS aos serviços de saúde, que no mais das vezes não cobrem os custos dos procedimentos - além de prover honorários indignos aos profissionais.

    No caso da Santa Casa há de se analisar minuciosamente - sem julgamentos açodados - sua gestão nos últimos anos. É interessante doar dinheiro público a quem supostamente não sabe administrar?

    Penso que há um vício em sua reflexão. É mal da esquerda anacrônica o inconformismo com o lucro honesto das empresas. O HE só está de pé graças aos serviços prestados aos Planos de Saúde da Cidade e aos alunos da Faculdade de Medicina de Itajubá. A Santa Casa ainda funciona pois tambem beneficia-se deste mercado.

    Não troquemos os vilões. Que interesse há neste libelo contra as empresas privadas de Saúde?

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  3. Anônimo09:14

    Prezado Cambuinha,
    Não discordo do que você coloca, mas a grande questão é que o SUS paga o básico para as doenças consideradas básicas, mas quando o paciente se vê na nesta situação, fica por conta e risco do que existe nas instituições hospitalares de nossa cidade. As doenças de alta complexidade são bem remuneradas pelo SUS. E os Planos de Saúde privados, em regra geral, se eximem de arcar com a responsabilidade financeira nestes casos. O melhor exemplo são os consumidores que vão para a justiça garantir seus direitos, pois os contratos que são apresentados aos usuários de tais Planos de Saúde são tão desconexos que sempre existe uma saída para deixar o consumidor sem atendimento. Somente o SUS faz a proteção.
    Nunca é demais lembrar que os gestores das instituições hospitalares de Itajubá estão também ligados à administração de planos de saúde particulares, e estes, em regra geral, estão bem na estrutura econômica.
    Por que as nossas duas instituições dos Terceiro Setor (Hospital Escola e Santa Casa) possuem dívidas significativas? Quem são ou quais foram os responsáveis por tão grandes dívidas? O quer dizer Instituição do Terceiro Setor? Não seriam áreas não privadas? O público não estaria sendo transformado em privado por alguns grupos que possuem interesses somente na área do lucro? Por que tanta disputa em controlar o Hospital Escola e a Santa Casa?......
    Tantas Perguntas???????
    E as respostas onde estão?
    Não seria superficial jogarmos a culpa só no SUS?
    Vereador Paulino

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  4. Anônimo20:43

    A santa casa e uma instituicao que nao pode deixar de funcionar

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Paulino Abranches.