A trancos e barrancos
Caminhamos...
Esfarrapados e esfolados
Seguimos o dia-a-dia
No progresso
E na ordem fria.
Alguém grita,
A Escola apita,
Ninguém socorre....
E a boca
Escancarada no grito
Que ressoa,
Não fere o povo
Que caminha na sua.
Mas o grito continua...
E a Escola,
Também na sua,
Suga o sangue
Da veia quente
E da vida fria.
E a boca,
Sempre oca no tempo,
No vento,
Quem sabe até na história
Que por hora entristece
A cada aurora que aparece.
Mas a Escola
Em toda sua essência motriz,
Impõe-se como matriz
Sobre o brado
Do hino retumbante
Do grito que ficou.
Alguém grita,
A Escola apita,
O caso da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo/ Rio de Janeiro, não pode ficar como sendo um caso só de psicopatia, esquizofrenia,distúrbio bipolar ou outros tantos casos de doenças mentais. O que se viu foi o ápice de uma sociedade doente. A Escola foi o palco da tragédia manifestada por razões que a própria sociedade tenta buscar: bullying, fanatismo religioso, desequilíbrio mental, etc. A resposta poderia existir se a Escola Pública básica fosse um centro de referência para a própria sociedade. O que temos é uma Escola também falida que não consegue oferecer caminhos sustentáveis para a própria sociedade doente.
Quando Wellington de Oliveira foi aluno da Tasso da Silveira não foram capazes de identificar algum desequilíbrio pelo simples fato que as Escolas Públicas do país não possuem nada além do básico pra dizer que ali existe uma Escola. Durante vários anos a única coisa que ficou foi que o mesmo era introvertido.
VEREADOR PAULINO ABRANCHES
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Paulino Abranches.