segunda-feira

SUBSÍDIO OU VENCIMENTO BÁSICO?

Novamente os trabalhadores da Educação do Estado de Minas Gerais vão ter que optar por uma carreira, onde o diferencial esta na estrutura básica dos vencimentos.O antigo é caracterizado por vencimento básico e o novo por subsídio.O que é melhor? Qual oferece mais garantia? Que segurança o governo oferece para quem ficar no antigo? As gratificações serão todas anuladas no novo? Por que o servidor de mais tempo não foi contemplado com um reajuste mais qualificado? TANTAS PERGUNTAS COM UM UNIVERSO QUASE SEM RESPOSTAS....

ASSEMBLÉIA ESTADUAL – 24/02/2011

Nunca é demais lembrar que o governo só apresentou esta nova estrutura de carreira depois de uma greve de 47 dias, em 2010, onde a categoria estava firme e enfrentou o governo e a justiça de Minas. Assim, não podemos esperar que a nova proposta seja o paraíso de nossos sonhos. O governo simplesmente formatou uma proposta de carreira dentro de uma estrutura que é permitida pela constituição( art. 39,§ 8º, da CF/88). Esta estrutura é caracterizada por parcela única, recebida mensalmente, nela incluindo-se as gratificações, adicionais diversos, abonos, verbas de representação e outras de caráter remuneratório. O que tornou-se prática nesta nova estrutura foi o Piso Nacional apresentado pela CNTE de R$ 1.320,00. Isto foi avanço, o restante foi uma tentativa de ludibriar a categoria.

O que temos com o subsídio é o fim da inconstitucionalidade do Qüinqüênio e do Biênio, pois com a constituição de 88 e as devidas emendas os governos só poderão oferecer como gratificação por tempo de serviço 1% ao ano. Como temos, para os professores 4% ao ano (qüinqüênio e biênio), isto pode ser derrubado por qualquer governo. Com o subsídio estas gratificações foram incorporadas, não tendo risco de alguém retirar.

A incorporação no novo quadro teve como referência o montante salarial recebido pelo servidor. O governo simplesmente pegou o salário global e pós na tabela nova, aproximando o nível de escolaridade, grau e carga horária. Para a definição do grau, que corresponde à letra, o critério é o valor total da remuneração do servidor em 31/12/2010 (excluído o que não é incorporado). Neste caso, não será levada em consideração a posição do servidor no grau em que esteja, apenas a remuneração. Para ser posicionado, o valor deve ser igual ou superior a seguinte conta: REMUNERAÇÃO + 5% (DA REMUNERAÇÃO)= O VALOR QUE CORRESPONDERÁ AO GRAU EM QUE O SERVIDOR SERÁ POSICIONADO. Muitos perguntam: Mas se eu tenho 20 anos não teria que ser posicionado no grau J. Não, pelo fato que este servidor já recebe a gratificação por tempo de serviço (qüinqüênio e biênio) na antiga estrutura e ao ser posicionado na nova ele trouxe estas gratificações.

Onde esta o prejuízo? Na nova carreira, o principal problema continua sendo a política do Governo Anastasia, que prioriza a lógica de desvalorizar os servidores que têm tempo de serviço. Outro grande prejuízo foi para os Diretores apostilados, os servidores com gratificações incorporadas por tempo de chefia e os professores com aulas facultativas. Nestes casos o prejuízo é muito grande. Mas, como a maioria teve um ganho real com o subsídio, quero alertar: ficar no antigo significa estar junto a minoria. Assim, as condições de luta serão ao longo do tempo excluídas pela própria categoria. Enquanto estamos juntos da maioria, teremos a paridade garantida, pois todos os novos servidores terão como estrutura de carreira o SUBSÍDIO.

ASSEMBLÉIA ESTADUAL – 24/02/2011


Vereador Professor Paulino Abranches

2 comentários:

  1. Anônimo13:33

    Companheiro tenho certeza que sua proposta vem de encontro de sua experiência de anos de militância na qual seu partido representa muito bém! Pois fiquei melhor ao saber sua posição! Parabéns pelo artigo, desta semana...

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  2. Anônimo09:44

    Olá companheiro. Sou do interior de MG (Araguari). Sou novo na carreira de professor, tenho apenas 23 anos e comecei a dar aula no começo do ano (como designado). Eu estava muito em dúvida em relação a isso, mas agora já esclareceu um pouco. Seu texto está ótimo.
    Grande abraço!

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Paulino Abranches.