quinta-feira

Independência de Pensamento

Amigos,
Acredito que o conceito de Pátria se constrói a cada dia pela participação (ou também pela omissão) de cada um de nós. Homens temerosos ou cerceados de dizer o que pensam não podem colaborar de maneira efetiva para a transformação social.
E hoje, como cidadão, como professor e parlamentar, exerço com maturidade o papel ao qual me proponho: estudar, conceituar, questionar, debater, construir novos parâmetros para a evolução política de nossa cidade. De forma totalmente independente, e totalmente comprometida com princípios e valores éticos e morais.

Durante a última semana, coincidentemente a semana em que comemoramos a independência, alguns integrantes da Câmara Municipal protestaram, durante minha ausência, contra uma manifestação que fiz numa mídia atualíssima e democrática, o twitter, sobre a atuação deles nesta casa legislativa.

O twitter confere agilidade, pois ali podem ser colocadas breves opiniões, além de possuir uma dimensão horizontal muito bem vinda na mídia atual, longe do tom oficialesco de algumas noticias. E, se bem utilizado, pode ser um instrumento robusto para a comunicação direta.

Mas a palavra muito pode incomodar ao trazer em seu bojo a centelha da verdade: minha opinião, expressa em apenas cento e quarenta caracteres, levou à insatisfação algumas pessoas que pensam que o vereador não deve se expressar, formar opinião de uma maneira mais ampla, utilizando-se, com responsabilidade e competência, de toda forma disponível para se comunicar com as pessoas.

Em uma postagem em meu twitter, externei minha insatisfação com o resultado da CPI do terreno, instaurada nesta casa nos primeiros meses de nossa atuação.

Como relator da CPI, após exaustivo trabalho, me dei conta de que nenhuma, absolutamente nenhuma providência seria tomada, mesmo com tantos indícios de crime exigindo nossa atuação punitiva.

Mas nada foi feito.

Que se espera então? Que eu me cale? A exigência e a fidelidade aos valores nos quais acredito falam mais alto. E se eu me calasse agora, morreria, pois minha vida, minha história e as pessoas que eu represento esperam isto de mim: que eu não me cale, mas que denuncie, que exerça meu papel com integridade e ousadia.

Com a licença dos incomodados, continuarei pensando e manifestando meu pensamento, garantido pelo Estado democrático de direito em que vivemos, fruto de luta histórica e em permanente construção.

Continuarei contribuindo para que todos os cidadãos também o possam fazer, ainda que eu não concorde com o ponto de vista de todos, em todo o tempo, pois é exatamente a diversidade que garante a riqueza do tecido social, ou como já expressou o famoso dramaturgo carioca em outras palavras: “Toda unanimidade é burra”.

Para exercitarmos a inteligência e abrirmos espaço para o debate, convido a todos que me ouvem para comentar as noticias do mandato popular Paulino Abranches em meu blog: paulinoabranches.blogspot.com e seguir-me no twitter: @paulinoabranche (sem o s).
Muito obrigado.

Paulino Abranches
Vereador

3 comentários:

  1. Rodolfo13:16

    Na ultima sessão da camara ficou claro a maturidade de cada parlamentar.Os que não se sentiram ofendidos porque a carapuça não serviu se calaram, ao contrário de alguns imaturos politicamente vestiram a carapuça e se irritaram com a verdade.

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  2. Ana Maria13:25

    Parabéns pela sua coragem de enfrentar a verdade.
    Sem se intimidar com a pressão dos vereadores.

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  3. Vereador, ouvi um pouco do que aconteceu na reunião da Câmara. A impressão que tive é de uma tentativa forte de oprimir seu trabalho, suas opiniões e tudo que envolve seu nome naquela Casa. O fato de não aceitar uma opinião não precisa resultar em um ataque como aquele feito por alguns vereadores...

    Neste fim de semana, no entanto, durante um programa de rádio, ouvi que sua insatisfação pelo não resultado da CPI é 'exagerada' pois o relatório continha erros e eles "obrigariam" o arquivamento da CPI.

    Gostaria de saber se isso procede.. Sou seu fã, fui seu aluno no G9 e acredito em seu trabalho como vereador, pois o conheço como professor. Acho que não deve mesmo se calar diante de quem tenta oprimir.

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Paulino Abranches.